Com a estreia de Premonição 6: Laços de Sangue, que já está em cartaz nos cinemas brasileiros, nós rankeamos toda a franquia de terror
Felipe Grutter (@felipegrutter) e Henrique Nascimento (@hc_nascimento)
Publicado em 16/05/2025, às 07h00Quase 15 anos após o seu encerramento, uma das maiores franquias cinematográficas de terror está de volta às telonas: Premonição 6: Laços de Sangue já está em cartaz nos cinemas brasileiros, reintroduzindo a saga aos fãs e a apresentando a um novo público que, provavelmente, não estava nem vivo quando o primeiro Premonição chegou aos cinemas.
Para celebrar a estreia, a Rolling Stone Brasil reassistiu a todos os filmes — incluindo o sexto capítulo, cuja crítica você pode conferir clicando aqui — e elencou a franquia de seu pior até o seu melhor lançamento até o momento. A seguir, confira o nosso ranking definitivo de Premonição:
Para Premonição 4 ser um filme bom, ele ainda precisaria melhorar muito, com boas atuações, efeitos especiais decentes, personagens carismáticos e bem desenvolvidos, um acidente inicial empolgante e um roteiro que fizesse você se importar com a narrativa e as vítimas da Morte.
De longe, este é o pior filme de Premonição. A produção dirigida por David R. Ellis (de Premonição 2) foi a primeira da franquia a, todo custo, inserir irritantemente efeitos especiais que justificassem os ingressos para sessões em 3D — infelizmente, criando sequelas nos dois capítulos seguintes da franquia — e, 15 anos após o lançamento, findado o hype sobre a tecnologia, só prova como o filme envelheceu muito mal.
O protagonista, Nick O'Bannon, tinha potencial para ser um dos melhores visionários da franquia — especialmente por conseguir dicas de como seriam todas as mortes —, mas a atuação fraca de Bobby Campo (Pânico: A Série de TV) não convenceu. — Felipe Grutter
Chegando na virada do milênio, Premonição brincou com algo que estava na cabeça de muitos naquela época: como seria o futuro. No caso, um futuro bem específico: o fim trágico de um grupo de estudantes em uma viagem para Paris.
À bordo do avião, Alex Browning (Devon Sawa, Heart Eyes) tem uma visão de que o avião vai explodir e todos vão morrer. Desesperado, ele sai da aeronave e, no meio da confusão, alguns colegas o acompanham. Assim como previu, o acidente acontece e, nos meses seguintes, a Morte se mostra determinada a coletar as vidas que lhe escaparam no fatídico dia da premonição.
Sem pretensão de estabelecer um caminho definitivo para uma franquia, o primeiro Premonição embarcou na onda dos slasher usando a própria Morte como o grande serial killer da história, diferenciando-a de franquias como Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13, Brinquedo Assassino e Pânico, e conquistando fãs do gênero com uma história pouco profunda, mas incrementada por um suspense de prender à cadeira e mortes violentas e bastante satisfatórias. — Henrique Nascimento
Não fazia sentido trazer Premonição de volta, quase quinze anos após o seu encerramento nos cinemas, e fazer o mesmo feijão com arroz já visto pelos fãs. Felizmente, Premonição 6: Laços de Sangue entendeu isso muito bem e entregou uma história saudosista, que atravessa toda a franquia, conectando os filmes, mas também abre inúmeras possibilidades para o futuro.
No sexto filme, Stefani (Kaitlyn Santa Juana, Flash) começa a ter sonhos assustadores com um acidente em arranha-céu na década de 1960. Ao investigar a história, ela descobre que os sonhos, na verdade, são uma premonição de sua avó, que salvou muitas pessoas graças à visão. No entanto, como consequência, a Morte passou a perseguir os sobreviventes e seus descendentes — e agora chegou a vez de Stefani.
O grande trunfo de Premonição 6 está em sua premissa inicial: pela primeira vez, alguém que não enganou a Morte diretamente está pagando pelos erros de outra pessoa que, de fato, conseguiu escapar, o que nos leva a pensar em como a Morte verdadeiramente age. A visão da avó de Stefani foi a primeira? Se sim, por que a Morte a escolheu? E todas as premonições seguintes foram consequências dessa?
Se essas respostas virão um dia, nos resta aguardar para saber, mas é empolgante as possibilidades vindas com o novo filme — especialmente se considerarmos que ele é o capítulo com a melhor aprovação de toda a franquia e, no mundo do cinema, isso só pode significar uma coisa: as premonições certamente ainda não acabaram. — H. N.
Se o primeiro filme introduziu uma franquia clássica de terror, Premonição 2 a consolidou de vez. O acidente de abertura do longa entrou para o imaginário de todo fã da saga — afinal, quem nunca viajou de carro e ficou com receio de ficar atrás de um caminhão de carga, especialmente se ele estiver lotado de troncos de árvores?
Se no primeiro Premonição, amigos de escola se juntavam para tentar vencer a Morte, a continuação mostrou completos desconhecidos se reunindo para entender o que diabos estava acontecendo. Um clássico instantâneo do terror, Premonição 2 é muito bem resolvido com a sua protagonista (A. J. Cook, de Criminal Minds, arrasa como Kimberly Corman), o retorno de Clear Rivers (Ali Larter, Heroes) como a guia do novo grupo de sobreviventes, após ser a única a sair com vida do primeiro filme, e bons efeitos especiais, que se sustentam até hoje.
O filme ainda se destaca em uma lista de melhores mortes da franquia (mesmo se tirarmos a cena de abertura!), seja com Tim Carpenter (James Kirk, Ela É o Cara) esmagado por uma plataforma, Kat Jennings (Keegan Connor Tracy, The Magicians) com a cabeça atravessada por um cano de PVC após o airbag do carro ser ativado por acidente ou Rory Peters (Jonathan Cherry, Será Que?) esquartejado por arames farpados, que saíram voando após uma explosão. — F. G.
Como não foi muito bem na bilheteria dos Estados Unidos, Premonição 5 pode ter sido o responsável (indiretamente) pela franquia ficar sem lançamentos por 14 anos. Porém, em retrospecto, dá para dizer que o quinto capítulo foi bastante prejudicado pela má fama de seu antecessor e, na verdade, é um dos melhores de toda a franquia.
Apesar de não ser tão unânime quanto o terceiro capítulo, o filme tem um saldo extremamente positivo. Sim, tem o problemas com os efeitos especiais voltados para o 3D, principalmente no acidente de abertura, mas é possível ignorar porque eles ainda convencem.
Além disso, as mortes também são bastante criativas: petróleo quente que derrete toda pele, fratura exposta em treino de ginástica, superaquecimento em equipamento de cirurgia refrativa, cabeça esmagada por um Buda em uma sessão de acupuntura, etc.
Trazendo ineditismo à franquia, Premonição 5 também se destaca não só por focar na perseguição da Morte aos sobreviventes do desastre na ponte, mas por dar espaço para abordar o relacionamento em crise de Sam Lawton (Nicholas D'Agosto, Gotham) e Molly Harper (Emma Bell, The Walking Dead) e no declínio da sanidade de Peter Friedkin (Miles Fisher, The Politician), que não soube lidar com tudo que aconteceu após a visão do protagonista.
Por fim, o plot twist no final é surpreendente e amarra a produção com projetos anteriores da franquia. Ponto para você, Premonição 5. — F. G.
Após Premonição 2 amarrar a história de Premonição, a missão de Premonição 3 era trazer uma novidade tão empolgante quanto os seus antecessores, ao mesmo tempo em que, caso falhasse, pudesse encerrar a franquia de forma digna — e deu certo.
Apesar de não ser o longa mais bem avaliado pela crítica especializada, Premonição 3 conquistou os fãs com uma protagonista cativante — vivida por Mary Elizabeth Winstead (Scott Pilgrim Contra o Mundo, Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa), um dos maiores expoentes da franquia —, novidades na mitologia da franquia — como novas maneiras de escapar da Morte — e mortes ainda mais criativas e memoráveis.
Nesse último quesito, os destaques vão para as amigas Ashley Freund (Chelan Simmons, Tucker e Dale Contra o Mal) e Ashlyn Halperin (Yan-Kay Crystal Lowe, Natal Negro), que foram queimadas vivas em um salão de bronzeamento artificial, e Erin Ulmer (Alexz Johnson, Instant Star), que foi baleada na cabeça com uma pistola de pregos. Inesquecíveis! — H. N.
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