TRACKLIST

Raquel dá cor às contradições em novo álbum; veja o faixa a faixa

Cantora reflete sobre amores e angústias em Não Incendiei a Casa por Milagre, disco que ela apresenta ao vivo a convite da Rolling Stone Brasil

Redação

Publicado em 27/06/2025, às 16h26
Não Incendiei a Casa por Milagre, mais recente álbum de Raquel (Foto: Divulgação)
Não Incendiei a Casa por Milagre, mais recente álbum de Raquel (Foto: Divulgação)

Raquel estreou a carreira solo com o álbum Não Incendiei a Casa por Milagre. Nele, a artista recorre ao rock para passear pela complexidade das próprias emoções. Essa nova etapa na carreira da cantora também traz as experiências que ela acumulou ao longo dos anos, especialmente durante a atuação no trio As Baías, que rendeu duas indicações ao Grammy Latino.

A convite da Rolling Stone Brasil, Raquel sobe ao palco do Blue Note São Paulo para apresentar o disco no dia 9 de julho (ingressos disponíveis neste link) e com a promessa de entregar muito “olho no olho e conexão” com o público.

O nome e a identidade visual do álbum nasceram de uma inspiração no livro de contos de Pedro Almodóvar, O Último Sonho. “É uma metáfora. Não incendiei a casa, mas quase incendiei a mim mesma. A casa sou eu. Quis botar fogo, romper comigo, mas tem um lapso de consciência milagrosa que me reconecta comigo mesma”, explica.

Não Incendiei a Casa por Milagre traz oito faixas, seis delas de autoria da artista. Completam a lista as releituras de “Autotune Erótico” (Gal Costa, Caetano Veloso e Moreno Veloso) e “Vidinha” (Rita Lee e Roberto de Carvalho). À Rolling Stone Brasil, Raquel comentou os detalhes e inspirações por trás de cada canção. Confira a seguir.

1- Não Incendiei a Casa Por Milagre

A faixa-título abre o primeiro álbum solo de Raquel com uma prévia sobre a característica do trabalho. “E se eu digo adeus/É porque eu que você vá embora/E se eu digo adeus/Só mais um pouco, só mais uma foda”, canta ela.

Esse álbum é contraditório. Às vezes, ela está apaixonada. Outras, está com muita raiva. Acho que essa música resume muito bem isso”, explica.

2- Jogador de Futebol

Nessa faixa sobre um romance, Raquel traz um bolero com muitas pitadas de música eletrônica. A mistura cria a provocação de um amor e de um tesão entre o eu lírico e um jogador de futebol. Ambos vivem momentos deliciosos de paixão.

3- Monopólio

Na terceira música do álbum, a artista reflete sobre o amor do ponto de vista da obsessão. “Monopólio” também tem um truque que, na primeira escuta, pode passar despercebido: “Não é ela que está dizendo que é toda dele. Ela está dizendo para ele gritar que ele é todo dela. Ela quer que ele fale que a ama, e fica mostrando como ele tem que fazer.”

4- Ao Vivo

Aqui está uma das faixas mais intrigantes do álbum, segundo a artista. “É uma música que discute sobre o que é verdade e mentira nessa composição do ao vivo. Fica parecendo que porque é ao vivo é verdade, sem manipulação.” Entre as referências, há uma menção ao atentado às torres gêmeas em 11 de setembro, uma tragédia acompanhada ao vivo, mas quase transformada em entretenimento. “Também traz essa coisa das pessoas que beijam travestis escondias. Não é ao vivo, mas aquele beijo não deixou de acontecer.”

5- Autotune Autoerótico

Em um diálogo com a faixa anterior, a música inspirada na canção de Gal Costa fala sobre as belezas do canto que ferramentas de tratamento e edição não são capazes de criar. A faixa também explicita a inspiração em Recanto (2011), álbum de Gal com músicas compostas por Caetano Veloso.

6- Carne dos Meus Versos

A música faz referência ao Poema de Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade. “Quando nasci, um anjo torto/Desses que vivem na sombra/Disse: Vai, Carlos, ser gauche na vida”, escreveu ele. Na versão de Raquel, “Quando eu nasci, ninguém me disse nada/Tomei muitas palmadas e vi algumas mentiras”. “É uma música sobre indiferença e a gente trouxe ela em um conceito rock”.

7- Vidinha

Releitura da canção de Rita Lee, a canção que encerra o álbum foi uma sugestão do produtor Moreno Veloso. As duas artistas se conectam pelas origens paulistanas, mas principalmente pelo deboche ao descrever crises de pânico, angústias e terapia.

ROLLING STONE SESSIONS APRESENTA: RAQUEL - NÃO INCENDIEI A CASA POR MILAGRE
Local: Blue Note São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 2073, 2° andar - Consolação, São Paulo/SP
Classificação etária: 18 anos | menores apenas acompanhados dos pais ou tutores legais
Ingressos: Disponíveis na plataforma Eventim ou no link www.eventim.com.br/artist/blue-note-sp/rolling-stone-sessions-apresenta-raquel-nao-incendiei-a-casa-por-milagre-3922510/

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