Paul Haggis: Juiz retira acusações de agressão sexual contra o diretor

Paul Haggis não será julgado por uma suposta agressão sexual que teria ocorrido na Itália em 2022. A atualização do caso acontece após um juiz retirar as acusações contra o escritor e diretor. Em junho de 2022, Haggis foi detido na região italiana de Brindisi sob acusações de agressão sexual, depois que uma "jovem estrangeira" informou às autoridades que foi "forçada a buscar atendimento médico" após relações sexuais "não consensuais" com um homem que as autoridades italianas identificaram como o cineasta.

Os promotores afirmaram que a vítima teria sido deixada em um aeroporto próximo na manhã de domingo, após um suposto encontro com Haggis que durou dois dias. A polícia e funcionários do aeroporto disseram que encontraram a mulher em "condições físicas e psicológicas precárias" e em um "estado confuso". Ela foi levada a um hospital próximo, onde foi examinada e posteriormente contou às autoridades sobre a agressão sexual, além de ter registrado as acusações formais.

O diretor permaneceu detido até julho de 2022, quando foi liberado da prisão domiciliar enquanto aguardava a conclusão da investigação. No entanto, nesta quinta-feira (8) um juiz italiano decidiu que nenhum ato sexual ocorreu sem consentimento e retirou formalmente as acusações contra o roteirista (via BBC).

Para o Sr. Haggis, é o fim de um pesadelo que destruiu injustamente a carreira de um gênio do cinema e vencedor do Oscar de 2006", afirmou a defesa dele em um comunicado.

No final de 2017 e início de 2018, vários casos vieram à tona, com acusações de diversas mulheres denunciando a suposta má conduta sexual de Haggis. Um desses casos envolveu a publicitária Haleigh Breest, que entrou com uma ação civil contra o roteirista de Menina de Ouro (2004); esse julgamento civil terminou em novembro de 2022 com o homem condenado a pagar 10 milhões de dólares em danos a Breest.

Em um comunicado enviado à Rolling Stone após a decisão do juiz italiano nesta quinta-feira, a advogada do roteirista nesse caso, Priya Chaudhry, afirmou: "Sempre foi óbvio que Paul era completamente inocente - e que esta mulher mentiu. O momento da mentira e a inevitabilidade de que seria exposta sugerem fortemente que sua falsa acusação foi planejada para sabotar o outro caso de Paul na véspera do julgamento - deliberadamente pensada para causar o máximo dano e influenciar a mídia e a opinião pública. Todos agora devem questionar a credibilidade de um veredito entregue à sombra de uma falsa alegação criminal - uma acusação estrategicamente cronometrada para gerar manchetes globais, inflamar a opinião pública e manchar irreparavelmente o curso da justiça."

Artigo publicado em 8 de maio de 2025 na Rolling Stone. Para ler o original em inglês, clique aqui.

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